Resolvi afogar em palavras a minha espera pela sua mensagem, cá estou. Vim afogá-la da mesma forma com que eu tenho vontade de te afogar, é trágico, mas talvez seja uma saída. Vai ser sempre assim quando nos vermos, nossos corações vão se encontrar, bater juntos, você vai sorrir para mim, me dar um abraço indescritível e dizer que sentiu minha falta, e eu vou sorrir. E mais uma vez vão dizer que ainda existe algo. Você vai me decepcionar uma vez ou outra, me dizendo mentiras e querendo que eu finja que são meias-verdades, mas eu vou te perdoar em menos de uma hora, como eu sempre fiz. Penso em você como forma de paz, a única que pintou até agora, e a que eu mais desejo e já falei que tenho duas fraquezas né? Seu sorriso e seu olhar. Logo eu que pensava administrar tão bem meus sentimentos, to aqui deixando tudo ao avesso e trocando bolas por quadrados. Eu não consigo aceitar, não posso fechar os olhos, tenho que agir pela razão, não posso me entregar a uma coisa que vai me vencer a diante. Sei que de novo eu vou passar horas rolando na cama buscando qualquer botão que desligue meu pensamento de você, porque você confunde, arranha, fere e enlouquece. É errado, arriscado, desesperador, e é burrice também. Pode ser impulso, insegurança ou saudade. Não posso te pedir desculpas por estar confundindo as coisas porque é errado me desculpar por algo que eu simplesmente sinto, a escolha não foi minha. Mas eu vou cambaleando e empurrando com a barriga, até eu conseguir dar meus pulos, até que eu consiga me manter longe desse elemento tóxico e químicamente viciante, até que eu consiga viver de alguma forma que não seja viver de você. Mas te espero. E te curto todos os dias. E te amo. Muito.
(Novamente olho meu celular, e a mensagem não chegou...)
